Na manhã desta quarta-feira, 29, foi deflagrada, em Canoas e Gravataí, a Operação Arcabouço, com foco no combate ao tráfico e à comercialização ilegal de aves silvestres — um crime que alimenta a degradação ambiental e movimenta um mercado clandestino em diferentes Estados.
A ação da Polícia Federal foi realizada em conjunto com o IBAMA, a Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), a Patrulha Ambiental da Brigada Militar (PATRAM) e o Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA/SC). Ao todo, três mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
As investigações apontam que os suspeitos capturavam aves da natureza, inseriam dados falsos no SisPass (sistema nacional de controle de criadores) e usavam anilhas falsificadas para simular a origem legal dos animais. A fraude permitia que pássaros retirados irregularmente do ambiente natural fossem vendidos como se fossem criados de forma autorizada.
O inquérito é um desdobramento da Operação Arca, deflagrada pela Polícia Civil em 2022, que revelou um esquema organizado para distribuir anilhas adulteradas e “esquentar” aves vendidas no mercado clandestino.
Durante as buscas foram encontrados animais sem anilha ou com anilhas falsas. No total, 24 aves foram resgatadas de cativeiros.
Os investigados poderão responder por falsificação de selo ou sinal público e por manter animais silvestres sem autorização, crimes previstos na legislação ambiental.
As aves resgatadas serão encaminhadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), onde passarão por reabilitação antes de serem devolvidas à natureza. O material apreendido seguirá para análise, e as investigações continuam.





